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CARMÓPOLIS - O PREÇO DA INGRATIDÃO

Certa vez li um livro do Plutarco. Confesso que tremi diante da idéia de enfrentar, na inexpugnável solidão da leitura, as páginas com certeza brilhantes mas inevitavelmente árduas do grego. Mesmo com minhas limitações, verifiquei que ali se contava a história de um soldado que salvara a vida de um rei numa batalha. Um sábio imediatamente aconselhou o soldado a fugir. O soldado preferiu ficar, na esperança de ser recompensado pelo rei que salvara. Acabou morto. E logo. Quando terminei de ler essa história, imediatamente me lembrei de outro trecho de outro livro que li. Platão – é sempre bom viajar na sabedoria grega – contava que Sócrates disse mais ou menos o seguinte aos homens que o condenaram a tomar cicuta: que bem fiz eu a vocês para que me tratem assim?

As duas história tratam do mesmo tema: a ingratidão. E francamente: não sei por que iniciei minha coluna com a dupla história grega de ingratidão humana. Ou melhor. Sei sim. É que eu queria fazer uma conexão entre aqueles episódios e a vida Política. O fato cruel e inescapável é o seguinte: a maioria dos políticos são ingratos. O político pode ter uma série de virtude: mas ele elimina, despreza, abandona, seus aliados e eleitores. Ele é ingrato como o rei que matou o soldado que o salvara e os atenienses que fizeram Sócrates beber cicuta.

Quantos politicos ja ajudei eleger na condição de liderança política ou mesmo com mandato de vereador que fora três e também como presidente da câmara por duas vezes. Sou essencialmente um ingênuo na política, mas um otimista em relação às mudanças! Durante esses longos anos sempre servindo ajudando minha comunidade, mesmo sem reconhecimento por parte dos que se dizem líderes políticos, nunca reconheceram que chegara a hora de Sérgio Vieira governar, mas no entanto a  ingratidão, é a palavra a ser relembrada. Eu devo reconhecer os favores que tivera, mas por ser um batalhador humilde não devesse ter posições mais alta em minha cidade.
O que devo esperar da gratidão humana? Por isso resolvi falar um pouco do soldado e de Sócrates, do rei assassino e da cicuta.

Mas continuarei solidário ao povo da minha terra e já refleti, não passarei a vida inteira atrás de uma ilusão, de uma fantasia tão irreal quanto a espada de Artur: não esperarei pela gratidão dos nossos políticos, pelo o que eu possa ter feito de bom a alguém. Infelizmente o que prevalece no final, são apenas os erros que por ventura você cometeu. Não conheço casos políticos que termine com uma declaração sincera de agradecimento pelos serviços prestados.

O meu ponto é o seguinte: faça sempre tudo que puder por sua comunidade, pelo povo, pela sua cidade, tudo pelo povo. Mas jamais cometa o erro fatal do soldado. Não faça nada esperando gratidão. A política é ingrata como o rei que matou o homem que o salvara da morte.
Portanto minha confiança está no Senhor que fez o céu e a terra, o dono do ouro e da prata. Aquele que é único para fazer por mim, por te, e por todos!
Estou a disposição do povo de Carmópolis, e se Deus permitir que eu devo governar minha cidade estou preparado para enfrentar qualquer batalha. Pois nesses longos anos adquiri experiência suficientes para fazer ainda mais do que já foi feito.
Deus abençoe a todos!
Atenciosamente, Sérgio Vieira

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